Nutricia

A perda de peso é frequentemente um sintoma do doente oncológico. Estima-se que 1 em cada 3 doentes oncológicos percam peso em alguma fase da doença. Esta condição tem consequências graves, como a interrupção ou adiamento dos ciclos de tratamento, mas pode ser prevenida e tratada com um suporte nutricional individualizado desde o diagnóstico.

De forma a promover a adesão à terapêutica nutricional, o profissional de saúde deve atuar precocemente e explicar os benefícios da suplementação nutricional, assim como a variedade de sabores dos produtos existentes, já que o doente oncológico sofre de alterações no paladar e pode beneficiar dos sabores adaptados.

Devido à acentuada falta de apetite, é essencial garantir que o suplemento nutricional apresente baixo volume para que a toma seja completa.

A disfagia é um sintoma caracterizado pela dificuldade na deglutição e que afecta mais de metade dos doentes no pós-AVC. Pode ser reversível e ter a duração média de 6 semanas pelo que deve ser rastreada e monitorizada de forma a evitar as complicações associadas: malnutrição, desidratação e pneumonia de aspiração.

A terapêutica nutricional para o tratamento da disfagia passa por espessar todos os alimentos líquidos, incluindo a água, e semi-sólidos de forma a garantir uma deglutição segura. A propriedade de resistência à amilase salivar do espessante é a característica que permite manter a consistência dos alimentos espessados na boca, e assim, evitar que se forme uma fase líquida na boca que pode induzir graves riscos se for aspirada para as vias respiratórias.

Um estado nutricional adequado é essencial à cicatrização de feridas crónicas (úlcera de pressão, úlcera de perna, ferida cirúrgica ou pé diabético), uma vez que para criar novas células e tecidos é necessário garantir uma adequada ingestão alimentar que forneça energia e nutrientes nas quantidades recomendadas.

Para acelerar a cicatrização é necessário fornecer uma dieta com alto teor proteico e energético, e enriquecida em arginina, vitamina A, C e E, zinco, ferro e selénio, uma vez que estes nutrientes são essenciais no processo de cicatrização. Atingir as necessidades nutricionais através da ingestão alimentar é um desafio, uma vez que as necessidades nutricionais encontram-se extensamente aumentadas.

A suplementação específica por ser hiperproteica e hipercalórica e pelo enriquecimento em arginina, vitamina A, C e E, zinco, ferro e selénio, acelera o processo de cicatrização e garante a redução dos custos de saúde.

A perda de peso involuntária no idoso é um problema comum tanto no domicílio como em idosos institucionalizados, resultando na perda de massa muscular e consequente perda de autonomia. Deve-se assim monitorizar frequentemente o peso do idoso para detetar eventuais situações de perda de peso e intervir atempadamente.

Em comparação com o adulto saudável, o idoso necessita de um aporte de proteína e energia superior devido à perda da massa muscular, presença de doenças crónicas e alterações do metabolismo específicas do envelhecimento.
Apesar do aumento das necessidades, estima-se que 1 em cada 3 idosos não ingere proteína e energia suficiente, pelo que nestes casos deve-se adequar a ingestão alimentar e recorrer à utilização de suplementos nutricionais orais de alto teor energético e proteico.